quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

2010 em 2008 - Parte 2

A oposição já se mexe buscando frear um possível terceiro mandato do PT na presidência. Eles já devem afiar o conteúdo programático a partir do próximo ano e sustentarem uma voz uníssona para derrotar os números exaustivos que os petistas apresentarão. É esperar pra ver.

PSDB, DEM e PPS formalizam aliança para 2010

RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília

O PSDB, DEM e PPS formalizaram nesta quarta-feira aliança política para 2010. A idéia, segundo os presidentes das três legendas, é lançar candidato único em oposição ao nome que for apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a sucessão presidencial. O objetivo é ampliar essa parceria para os Estados e garantir a unidade oposicionista.

Na primeira quinzena de fevereiro, os presidentes, deputados federais e estaduais, senadores, vereadores e prefeitos dos três partidos se reunirão em Brasília para referendar a aliança e dirimir as divergências locais.

Os presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e do PPS, Roberto Freire (PE), conversaram hoje por cerca de uma hora para definir a aliança para 2010.

Na sexta-feira (5), será a vez de levar o convite para integrar o bloco das oposições para o PV. Atualmente, o partido integra a base aliada do governo federal, mas há divergências internas, como o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que disputou a eleição para a Prefeitura do Rio sem o apoio do governo federal e em parceria com o PSDB e o DEM.

"Queremos harmonizar as atuações dos três partidos nos Estados e municípios. Também vamos buscar um conteúdo e um discurso próximo. Para isso, será realizada a reunião em fevereiro", afirmou Guerra.

Determinado a ampliar o bloco, o PPS se dispõe a buscar mais apoio. "É [uma parceria] para enfrentar o governo, sim. Queremos também que outros segmentos da sociedade e partidos façam parte desse bloco. Essa iniciativa foi tomada ontem pela Executiva [Nacional do PPS] e eu vim trazer hoje a decisão para o PSDB e o DEM", disse Freire.

Para o presidente do DEM, as divergências regionais vão ser resolvidas em defesa do ideal nacional, que é ter um candidato único, capaz de enfrentar o nome apoiado por Lula. "É o desejo de todos da base. Não tenho dúvida que vamos conseguir chegar a um consenso até a data-limite. Todos querem isso", afirmou Maia.

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